Respire...respire mais uma vez...

Apesar de mim, de minhas dúvidas e decisões não estava sozinha nessa empreitada...não poderia estar... então era hora de alistar o batalhão que partiria junto nessa missão, e como o bom e velho alistamento a notícia vem pelo correio, hoje em dia correio eletrônico pra ser mais específica.

O primeiro já recebeu como uma bomba, e apelou pra dispensa, deu os mais variados motivos: pé chato, espinhela caída, piolho, medo de escuro e anel. Anel???? (não disse que era detalhe importante??!!) compromisso inadiável, lavrado em cartório e assinado com sangue e agora mais essa!!! Culpa sua, culpa da lua, culpa do mordomo, todo o mundo com a sua parcela,mas...o velho "me inclua fora dessa" reinou triunfante! Tudo bem, tudo bem...eu nem queria mesmo!! Estou em missão informativa...aquele velhinho escroto (papai noel) mandou pra NÓS o presente, a gente teria que dividir, por enquanto é só meu porque tem que montar direitinho, depois disso se ainda estiver por aí a gente conversa...próooooximo!

Mais difícil do que imaginava, aliás não, tanto quanto imaginava, o otimismo nessa época estava escasso, mas agora já não se anda pra trás, a base ou quartel general ainda estava desavisada, e as informações truncadas deixavam tudo ainda mais confuso, então eu precisava de novos ares...era hora de crescer mais um pouco, e fui parar em terras secas, na cidade de grandes espaços pra pessoas que andam sem poder olhar e acabam olhando sem ver. Fui encontrar um pedaço meu, pra me sentir mais completa e segura e de lá começar com firmeza...cheguei e achei mais do que isso, metades do meu coração e de minha alma resolveram surpreender essa cabeça cansada e de repente eu era mais que eu, éramos fada, criança, eu e o sorriso...

O sorriso, minha alegria, meu melhor humor, a vida levada á exaustão, soube antes que a fada que estava sobrevoando, mas que já sentia algo no ar que as asas fazia circular... ao final de dois dias já era público e notório, e tudo agora era só força e disposição para o que vem. No dia em que respirei pela primeira vez há alguns anos, voltei a respirar e já não era a atmosfera pesada do medo e da preocupação com a explosão iminente, era o ar fresco , porém seco, do cerrado e estar feliz era estado de espírito permanente e imutável...

Era hora de voltar e rearrumar a casa...

A mais feliz é a mãe!!